terça-feira, 31 de agosto de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
O que é o WTF?! - Parte 1
Começou assim...
1. Proposta: Fazer um espectáculo que parta de uma obra de arte, de um artista, de uma influência.
2. Reacção: O que é uma obra de arte? O que é um artista? O que é uma influência?
3. Citação: “O que é uma obra? Em que consiste essa curiosa unidade que designamos por obra? Que elementos a compõem? Uma obra não é o que escreve aquele que se designa por autor? (…) Se um indivíduo não fosse um autor, o que ele escreveu ou disse, o que ele deixou nos seus papéis, o que dele herdou, poderia chamar-se uma obra? (…) Mas suponhamos que nos ocupamos de um autor: será que tudo o que ele escreveu ou disse, tudo o que ele deixou atrás de si, faz parte da sua obra?” (Michel Foucault)
4. Pensamento: O termo “obra de arte” gera em nós uma aparente recusa. Quando pensamos em obra de arte, pensamos, quase inconscientemente, numa imagem de sacralização, de objecto artístico pontificado, inalcançável, irrepetível e sentimos imediatamente nas nossas costas o inevitável peso da história… da arte. Por outro lado, e uma vez que gostamos de tratar essas “obras” por tu e não por você, é uma constante alimentarmo-nos de obras de outros artistas para criarmos as nossas, sejam elas em formato performativo, plástico, visual, escrito, etc. Assim sendo, esta proposta tem algo de tautológico uma vez que, para nós, criar um espectáculo é sempre mergulhar nas influências.
5. Reflexão: Quando exploramos esta ideia de questionamento da arte, hoje em dia, estamos naturalmente a citar, logo, a mergulhar na influência. Portanto, não podemos ser hipócritas ou amnésicos e assumirmos esta lógica iconoclasta sem referir Marcel Duchamp, sem olhar para a caixa de Pandora aberta por Duchamp, em 1917, quando expôs Fountain e consequentemente passarmos por Kosuth e pelos conceptualistas americanos, sem pagar portagem, e depois pelos teóricos pós-modernistas e pós-estruturalistas, sem parar na casa de partida e receber dois contos.
6. Ideia: Abordando a tautologia do contexto em que nos inserimos, vamos falar sobre a própria encomenda. Como gostamos de criar regras e “armadilhar” o nosso processo criativo, vamos tentar cumprir a proposta (para não ficarmos apenas a reflectir sobre ela) e abordar um autor, escolhendo algumas das suas obras (e aqui servimo-nos da descrição de Foucault para o entendimento do que é um autor e do que é uma obra): o autor é Marcel Duchamp e as suas “obras” são: o readymade e o inframince.
7. Statement: 7.1. Não. Não é um espectáculo sobre o Marcel Duchamp, é sobre nós. 7.2. Pode ser um espectáculo herdeiro de Duchamp? Pode, mas todos os nossos espectáculos são herdeiros de Duchamp. Todos OS espectáculos são herdeiros de Duchamp. Toda a arte contemporânea é herdeira de Duchamp. 7.3. WTF!?
Parte 2 e 3 brevemente...
Mais informações AQUI e também AQUI
sábado, 28 de agosto de 2010
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
WTF!?
What the fuck?
They know what is what,
But they don't know what is what,
They just strut.
What the fuck?
They just know,
What they know,
What they don't know,
What is what
They know what is what,
But they don't know what is what,
They just strut.
What the fuck?
They just know,
What they know,
What they don't know,
What is what
domingo, 8 de agosto de 2010
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
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